Brasil: Fórum Socioeconômico Ambiental Amazônia Viva promove diálogo entre economia, fé e Justiça Climática em Manaus

Nos dias 5 e 6 de abril, a Economia de Comunhão Brasil (edc) realiza, em Manaus, o Fórum Socioeconômico Ambiental Amazônia Viva, que tem o objetivo de promover o diálogo e a interseção entre as agendas da nova economia, da fé e da Justiça Climática.

Por Amazônia viva

O evento faz parte do segundo ciclo do Projeto Amazônia Viva e é realizado em parceria com o Sistema B Brasil, Núcleo Diálogo Ecumênico e Interreligioso da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM, Rede Ecumênica Amazonizar e Outra Economia – Aliança pelo Bem-Estar Coletivo, e com o apoio da Porticus Foundation.

“E por que juntar essas três agendas na região amazônica? Porque elas se conectam profundamente a partir de um fio condutor importante para todas que é a preservação da vida, em todos os seus âmbitos. E cada uma, a seu modo, trabalha pelo bem-viver de todas as pessoas”, explica Maria Clézia Pinto, coordenadora do projeto.

Programação. O Fórum acontece em um formato diferenciado, dividido em três eventos. No dia 5, haverá uma imersão nas comunidades indígenas/ribeirinhas de Arara e Baixote para uma troca de saberes culturais e vivência da cultura de encontro, um dos pilares da Economia de Comunhão. No dia 6, pela manhã, no Centro Cultural Povos da Amazônia, acontecerá o Encontro Ecumênico e Inter-religioso para Lideranças de diferentes matrizes religiosas sobre seus compromissos e iniciativas por uma economia mais justa, equitativa e fraterna na Amazônia. “Esse momento busca ser um lugar de encontro, de confiança e convergência, onde as lideranças se percebam como geradores de cultura. Eles impulsionam processos que geram cultura, e se nós queremos construir uma Amazônia de paz, precisamos mudar a cultura, isso é, não somente o que fazemos, mas como fazemos e o que fazemos, destaca Cristian Varela, da REPAM.

Na tarde do mesmo dia, acontece, por fim, o momento “Banzeiro”, com rodas de conversa entre as organizações e participantes sobre temas como Novas Economias e Justiça Climática, COP 30 na Amazônia e participação civil, além de sete mesas temáticas de diálogo. “O modelo econômico dominante é instável, insustentável, injusto e gera muita infelicidade. É urgente nos juntarmos para repensar o desenvolvimento e fortalecer outras formas de produzirmos e provermos uns aos outros que garantam que todos, sem exceção, possam prosperar e viver bem, em harmonia com nosso entorno. Fazer parte do Fórum Amazônia Viva é uma oportunidade de mostrar que uma economia a serviço da vida é possível, e já há muita gente comprometida nessa construção”, ressalta Marina Gattás, da Outra Economia.

O Fórum é aberto a todas as pessoas, em especial às lideranças de comunidades empresariais, de fé, de base, pesquisadores e investidores. O evento também pretende ser uma iniciativa de “aquecimento” rumo à COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025.

As inscrições para os três eventos podem ser realizadas pelo site www.edc.com.br/forum2024 . Apenas a imersão tem uma taxa de participação. Os demais são gratuitos.

Projeto Amazônia Viva.

O Amazônia Viva vem sendo realizado desde 2022 e atua fomentando o empreendedorismo sustentável, produzindo e disseminando conhecimento e promovendo sensibilização e capacitação junto aos povos e comunidades tradicionais, empreendedores de base comunitária, lideranças das comunidades de fé (sem especificar denominações) e representantes de negócios de impacto socioambiental positivo.

Rodrigo Gaspar, Diretor de Novos Negócios do Sistema B Brasil, reforça que “envolver e qualificar negócios da região dentro de uma agenda regenerativa que inclua a Amazônia como protagonista se faz cada vez mais necessário para o momento que vivemos, potencializando o desenvolvimento sustentável da região”.

O Projeto Amazônia Viva é uma iniciativa Carbono Neutro e contribuiu, por meio da compensação de emissões institucionais em 2023, para o reflorestamento da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, AM, ajudando a cuidar da maior floresta tropical do mundo ao mesmo tempo em que gera renda e diversidade alimentar para as famílias que vivem na região.

Sobre a Economia de Comunhão

A Economia de Comunhão é um movimento global que vive pela erradicação da pobreza, por um mundo mais justo, regenerativo e fraterno. Nasceu no Brasil, em 1991, e atua em iniciativas que envolvem a realização de Projetos de Empreendedorismo e Florescimento Humano com comunidades vulnerabilizadas; o apoio a uma rede global de empresas, empreendedores e empreendedoras comprometidos com a erradicação da pobreza; e o fomento a eventos, facilitações e reflexões acadêmicas sobre a cultura da Economia de Comunhão. www.edc.com.br